Versatilidade e simplicidade: palavras que definem bem o espírito deste bimotor leve amplamente conhecido pelo mercado. Criado em 1972 pela Piper, nos Estados Unidos, o projeto foi des para atender à está fatia de mercado que na época demonstrava um crescimento é se consolidou até os dias de hoje. Consagra-se como a aeronave bimotor leve mais vendida do mundo.
Planejado para atender o proprietario em variadas missões, este avião opera com segurança em condições adversas, como mal tempo, pistas curtas e de terra e até mesmo em na condição de voo monomotor, quando um dos motores apresenta falhas em seu funcionamento. Seu uso atende à inúmeros objetivos: Transporte executivo, lazer, malote, escolas de aviação, taxi aéreo até operação aeromédica. É facilmente encontrado nas opções de aeronaves de empresas que prestam Serviços Aéreos Especializados - os SAE.
Pesquisas dos engenheiros durante o desenvolvimento do protótipo trouxeram soluções inovadoras que são explicadas até hoje, como a utilização de motores que giram em sentidos opostos, fazendo com que não exista mais um “motor crítico”. Sem essa característica, em bimotores tradicionais, os motores tem participação diferentes na tração e controle da aeronave, fazendo com que a parada de motor em um dos lados, seja mais grave que do outro.
Este projeto é uma variação do Piper Cherokee Six ou Embraer Minuano / Sertanejo. Oferecendo a mesma cabine, porém com motores montados na asa e equipamentos de navegação mais avançados, incluindo um radar metereológico.
Unindo a performance e segurança de um bimotor, com a simplicidade operacional e de manutenção de um monomotor, o Seneca oferece uma combinação de características que atraem proprietario até os dias de hoje. Razão pela qual, a Piper prossegue fazendo melhorias no projeto e oferecendo versões modernas desta aeronaveao mercado.
Um projeto tão explorado como ele, trouxe uma série de melhorias, que culminaram com o Seneca V, atualmente à venda pelo fabricante. Melhorias nos motores, itens de conforto e atualização de equipamentos de navegação e comunicação fizeram o Seneca ser um avião contemporâneo em todas as suas versões.
Conheça abaixo as principais características de cada versão e as melhorias que foram implementadas em cada versão:
Seneca I - PA-34-200 - 1971 a 1974 - (clique para ver as opções de nosso catálogo)
Utilizando motores aspirados (sem turbo-compressor), esta versão abriu o mercado de bimotores leves da Piper, ocupando o lugar do Piper Aztec/Geronimo. Amplamente utilizado por escolas de aviação devido ao consumo reduzido, este avião tem participação muito reduzida no mercado da aviação executiva. Sua performance limitada fez com que rapidamente a Piper entregasse ao mercado uma versão mais moderna, o Seneca 2.
- Peso máximo de decolagem: 1.814 kg (as últimas versões previam 1.905 kg)
- Velocidade de cruzeiro: 135 kt / 250 km/H
- Motores: Lycoming IO-360-C1E6 - 200 hp
- Consumo: 80 l/H
Seneca II - PA-34-200T / EMB-810-C - 1974 a 1981 - (clique para ver as opções de nosso catálogo)
Teve como principal característica, a melhoria da performance. A utilização de motores turbo-alimentados trouxe resultados satisfatórios e consolidou a presença do Seneca no mercado americano. Esta característica dos motores proporcionou ao Seneca maior velocidade de cruzeiro e a oportunidade de voar em altitudes muito maiores, livrando o mal tempo, turbulência das térmicas e proporcionando um alcance consideravelmente maior.
Além da performance, melhorias aerodinâmicas e de ajustes de projeto também foram implementadas, tornando o Seneca 2 um avião mais dócil e controlável tanto em solo quanto em voo.
- Peso máximo de decolagem: 2.073 kg
- Velocidade de cruzeiro: 150 kt / 275 km/H
- Motores: Continental TSIO-360E ou TSIO-360EB - 220 hp
- Consumo: 100 l/H
Seneca III - PA-34-220T / EMB-810-D - 1981 a 1993 - (clique para ver as opções de nosso catálogo)
Trazendo melhorias de motor e uma nova hélice de 3 pás o Seneca 3 utilizava o mesmo Continental TSIO-360E - 220 hp, porém com melhorias que permitiam o uso dos 220 hp disponíveis por mais tempo, e a rotação máxima de 2.800 rpm. Com estas modificações, as características de subida e velocidade de cruzeiro melhoraram. Estéticamente, a pilastra central do parabrisa foi removida, criando uma peça única. Sutis mudanças de acabamento também marcaram a evolução do projeto.
- Peso máximo de decolagem: 2.073 kg
- Velocidade de cruzeiro: 160 kt / 295 km/H
- Motores: Continental TSIO-360KB - 220 hp
- Consumo: 110 l/H
Seneca IV - PA-34-220T - 1994 a 1996 - (clique para ver as opções de nosso catálogo)
Variação mais discreta do projeto, o Seneca IV é cercado de mitos no mercado brasileiro. De forma resumida, trouxe melhorias aerodinâmicas na fuselagem, como um capô em novo formato. Melhorias como flap elétrico e ar-condicionado também marcaram o lançamento desta variação. A motorização permaneceu a mesma do seu irmão mais velho, Seneca 3. O curto período de produção é um dos fatores que fazem com que essa versão seja raramente disponível para compra. Marcou também, o fim da parceria entre a Embraer e a Piper, portanto o Seneca 4 foi vendido exclusivamente através da importação direta dos EUA, o que tornou o valor de compra muito elevado para a época.
- Peso máximo de decolagem: 2.073 kg
- Velocidade de cruzeiro: 160 kt / 295 km/H
- Motores: Continental TSIO-360-KB - 220 hp
- Consumo: 110 l/H
Seneca V - PA-34-220T - 1996 até os dias de hoje - (clique para ver as opções de nosso catálogo)
Novas melhorias aerodinâmicas tornaram o Seneca 5 uma versão distinta estéticamente. Suas carenagens de motor, tomadas de ar e nariz são mais harmoniosos e melhoram a ventilação de todos os componentes do motor. O grande destaque dessa versão, é o novo conjunto de instrumentos, que atualmente conta com o conjunto Garmin G1000. Também teve grande parte dos switchs (interruptores) movidos para o painel sobre a cabeça do piloto, tornando o cockpit mais amigável. No grupo motopropulsor, conta com uma válvula wastegate que mantém o motor dentro dos limites de economia e eficiência previstos pelo fabricante. Manteve as mesmas características de voo de seus irmãos 3 e 4, porém com itens de conforto como uma pequena geladeira (opcional), oxigênio suplementar (para voo em altitudes elevadas) e ar-condicionado (em todas as versões).
- Peso máximo de decolagem: 2.073 kg
- Velocidade de cruzeiro: 165 kt / 305 km/H
- Motores: Continental TSIO-360-RB - 220 hp
- Consumo: 110 l/H
Fabricação no Brasil
As variações 2 e 3 do Seneca também foram produzidas pela Embraer, no Brasil, sob acordo com a Piper. Esta iniciativa tinha por objetivo fortalecer a indústria nacional e reduzir os custos de produção e entrega da Piper. Não haviam diferenças de projeto entre as unidades fabricadas em território nacional ou no exterior. Conheça mais sobre essa parceria entre Piper e Embraer neste artigo do nosso blog.
Uma boa compra
Independente da comparação entre os concorrentes de mercado, entre os quais se destaca o Beechcraft Baron, o Seneca é uma excelente opção de compra. Seus proprietários demonstram grande satisfação com o custo operacional e relação com o investimento. O fundamental para a satisfação do proprietário, é a correta identificação de seu perfil para a escolha da melhor aeronave.