Iniciado pela Piper na década de 1970, o projeto buscou inaugurar uma nova categoria de aeronaves: os monomotores de alta performance, de operação simples e econômica, porém com diferenciais de conforto em relação aos mono e bimotores da época.
O objetivo de mercado da Piper ao criar a família era ocupar a lacuna entre as pequenas aeronaves a pistão e os dispendiosos jatinhos, criando um avião que custasse até 30% do preço, consumisse 25% do combustível oferecendo o mesmo conforto que um de um pequeno jato executivo. Este projeto combina a versatilidade de uma aeronave a pistão, operando inclusive em pistas relativamente curtas e de terra, com os voos em níveis elevados e com instrumentação moderna e confiável.
Seu principal público são os empresários que realizam deslocamentos interestaduais, utilizando pistas particulares que nem sempre contam com grandes extensões e também não podem contar com a exclusividade de operar apenas em pistas asfaltadas.
Diferenciais como porta de acesso lateral, corredor central, ar-condicionado e avionicos avançados, tornaram a série Piper Malibu uma opção incrivelmente atrativa, devido à sua simplicidade operacional, eficiência econômica e conforto/tecnologia embarcada. Com exceção da variante Piper Matrix, os modelos contam pressurização de cabine, permitindo voos em níveis mais elevados e com menor percepção de ruído dentro da cabine.
Com mais de 1.000 aeronaves entregues, a Piper se orgulha de ter criado variações baseadas no projeto Piper Malibu, buscando trazer para este avião o que há de mais moderno nos sistemas eletrônicos a bordo e conforto dos passageiros.
Todas as versões da família Malibu (Mirage, Matrix e Meridian) tem capacidade para 6 ocupantes: 1 piloto + 5 passageiros e razoável capacidade de carga, distribuída em seus dois bagageiros: interno à cabine e externo, entre a cabine e parede de fogo (exceto no Meridian, devido ao espaço necessário para acomodar o motor turbo-hélice).
Devido à versatilidade do projeto da cabine e necessidade do mercado, a Piper desenvolveu melhorias que trouxeram ao mercado variantes de seu modelo inicial, oferecendo recursos específicos para clientes que buscavam uma aeronave ainda mais sofisticada.
Conheça abaixo a evolução da família até chegar aos modelos vendidos atualmente pela Piper.
Primeira versão – Piper Malibu (PA-46-310P)
Inicialmente utilizando um motor Continental TSIO-20BE Turbo de 310HP e hélice bipá, tinha considerável autonomia e alcance. Graças à aplicação inovadora até então, do conceito LOP (Lean of Peak), que consiste em um ajuste da mistura ar/combustível, empobrecendo a porção de combustível após o pico de temperatura dos gases de escape (EGT).
Essa versão inicial quebrou recordes de velocidade na categoria, com velocidades de cruzeiro de até 700km/h, alcançadas pelo piloto Steve Sout no N9114B em 1986 em rotas americanas (Seattle/NY, Detroit/Washington e Chicago/Toronto).
Segunda geração - Mirage (PA-46-350P) – mais performance
O Mirage pode ser considerado a primeira evolução da família, tendo sua produção iniciada em 1988, trazendo como principal característica a alteração do motor, que foi substituído por um Lycoming TIO-540 de 350HP, também turbo alimentado. O Mirage recebeu também uma nova asa e começou a receber atualizações de painel. No ano de 1995 alguns switchs do painel migraram para o over-head, tornando a cabine ainda mais simples e organizada.
Malibu Mirage JetPROP
Atenta ao crescimento da demanda por aeronaves turbo-hélice, a DLX desenvolveu um kit de conversão do Mirage em JetPROP, composto por um motor PT6A-34, PT6A-35 ou PT6A-21 e seus acessórios necessários para uma correta instalação do motor na mesma fuselagem, que anteriormente utilizava um motor a pistão Lycoming TIO-540 de 350HP.
Uma das características fundamentais que tornam esta conversão segura, é o fato da fuselagem do projeto ter sido a mais testada da história da aviação geral, passando inclusive por laboratórios e testes aos quais o Beechcraft Bonanza foi submetido na época de seu lançamento, na década de 1960. Dessa forma, uma atualização de motor é perfeitamente aceitável e facilmente realizável nas aeronaves Malibu Mirage.
Estima-se que cerca de 20% da frota de Mirages já tenha sido convertida para JetProp, o que torna o custo operacional e performance muito atraentes.
Conheça mais informações sobre a conversão no site da DLX (clique para acessar), fabricante do kit de conversão homologado pela FAA e ANAC.
Meridian (PA-46-500TP) – Turbo Hélice
A versão turbo-hélice do Malibu, conta com um motor PT-6-42A de 500SHP e foi certificada no ano 2000. Trazia várias atualizações de painel, como Garmin G1000, abandonando a linha Avidyne Entegra, anteriormente aplicada nas versões do Mirage. O Meridian, série M500 e M600 voa em níveis como FL270 (27 mil pés) em velocidade de cruzeiro de 270kt. Tem como peso máximo de decolagem, 2.130kg.
Com estas características, ele ocupa uma posição de transição entre as aeronaves bimotoras tradicionais como Sêneca V e os turbo-hélices como King Air C90 e Pilatus PC-12, oferecendo uma excelente relação entre investimento, custo operacional e eficiência.
As variações do Meridian, M500 e M600 acompanham as novidades de avionicos disponíveis no mercado e aumentam as velocidades de cruzeiro e alcance, tornando este monomotor uma aeronave extremamente funcional e moderna.
Matrix (PA-64R-350T) – Destaque entre os concorrentes
Apresentado em 2007, o Piper Matrix é uma versão não pressurizada do Mirage, utilizando como propulsor um motor convencional de 350HP Lycoming TIO-540-AE2A bi-turbo. Como tradição da família Piper Malibu, dispõem de uma gama de equipamentos modernos, que foi iniciada com a suíte de avionicos Avdyne TAS610 e atualmente é entregue pela fábrica com o Garmin G1000, integrando recursos de ponta como Chartview, Safetaxi e Radar meteorológico, integrados nas telas de cristal líquido (LCD) do painel.
O Matrix posiciona-se como concorrente de mercado das aeronaves Cirrus SR-22 e da série Cessna 400 (Columbia e Corvalis TTx) e também de bimotores leves como Seneca e Baron, oferecendo performance admirável, maior espaço interno e itens de conforto como ar-condicionado de série. Como opcionais, oferece sistemas anti-ice e de-ice, radar meteorológico e speed brake.
Sua velocidade de cruzeiro é de 188kt, voando no nível FL120 (12 mil pés) e 215kt, voando no FL170 (17 mil pés). Convém lembrar que desde a versão inicial, o sistema de oxigênio é um item de série do projeto Malibu, o que oferece a possibilidade de voar em altitudes elevadas, evitando o mau tempo e economizando combustível em longos trechos.
Este avião ocupa espaço de destaque no mercado pela simplicidade de operação de um monotor, porém, com espaço e conforto maior que dos bimotores como Baron e Seneca. Destaca-se pelo consumo moderado, em comparação com seus concorrentes diretos e indiretos, voando em velocidade e níveis superiores.
Confira a matéria sobre o Piper Matrix, publicada por Juca Fernandes na revista Frequência Livre.
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